quinta-feira, 10 de março de 2011


Nova e velha era.


Virá nas caudas do cometa
Como um trovão para nos libertar
Nos dará as chaves da consciência
A filosofia nos ensinará
Seremos os guardiões da terra, da água, do fogo e do ar
Viveremos intensos e serenos como os golfinhos que brincam no mar
O segredo da vida sagrada
Será revelado para iniciar
A nova era, a era de aquários, harmonizar
O verbo que ainda é carne
Transformara-se em legumes para equilibrar
A nossa saúde, o ciclo da vida tranqüilizar
Santo Graal, ordem dos templários
O homem vitruviano vamos adotar
Como nosso símbolo, masculino e feminino, fecundar.

Seremos eternos poetas de eras e eras em eras
Seremos a nova nação
Do universo em expansão, embrião...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mais um dia...

De olhos fechados diante do espelho
Vejo que o tempo não parou...
Ele continua a mover-se pelas campinas molhadas.
A névoa cinzenta da manhã seguinte,
Pálida e morta,
grita por socorro!
Onde estava eu?
Com quem estava eu?
Não me vi diante do espelho...
Por que as manhãs são assim?
Mortas, silenciosas, frias...
Meu corpo treme de desejos,
Desejos insanos de um tempo passado
Voltaremos a nos encontrar?
Por onde anda as belas manhãs de verão?
O tempo, com seu relógio quebrado,
Disfarçadamente, jogara-as nas águas escuras
Do meu pensamento.

Aílton Pimentel 

domingo, 2 de janeiro de 2011

ALÉM DO INFINITO

Colhendo flores brancas em algum lugar
Contando a brisa da chuva e descobrindo os segredos do mar
A energia cósmica a nos proteger
Vidas que nasceram, a renascer...
No cosmo imenso porém, a lei é aqui
Nas frases ocultas dos mestres, me descobri.
Descoberta dos místicos, atentos a uma nova era
Fusos horários em torno da mãe terra.

Estou além do infinito, vejo além da visão
Estou longe do real e perto da imaginação.

Colhendo flores brancas em algum lugar
Remando contra a maré e desvendando os segredos do mar
A energia cósmica a nos proteger
O céu é o limite, limitado a você...
No cosmo imenso porém, aqui é a lei
Nos confins do universo, me encontrei
Encontros nos contos de fada, no arco-íris sem cor
Não queremos guerras...
Apenas paz, paz e amor!

sábado, 1 de janeiro de 2011


PINTURA ABSTRATA

Viver...! beber o vento e brincar com o sol
Erguer ao céu gotas de luz a palpitar!
Transformar, criar, multiplicar...
Cores quentes para uma manhã fria
Deslizar sobre o arco-íris abstrato,
E em aquarela surfar...

Asas sempre prontas para pintar e voar
Mais alto para as estrelas despertar
A glória, a fama, a arte de inovar...
Luz, câmara e ação!
Sua vida é um filme de cores, formulas e perfeição.

Do mel, do fogo... a luz incandescente
Curvas surreais transforma-se
No lago dos teus olhos, paisagem viva e transparente.

(Em homenagem ao grande amigo e artista plástico TONINHO LUZ)

sexta-feira, 17 de setembro de 2010


Saudade

Vou pintar para a saudade um “retrato” preto e branco
Em azul e verde.
Vou tocar para a saudade uma música barulhenta
Tocada com harpas e flautas.
Vou ler para a saudade um jornal poético e filosófico
Rimado e sem rima.
Sou cego, mas vou olhar para a saudade.
Sou mudo, mas ouço a saudade me chamar.
Fui, caminhando, mesmo sem ter pernas, ao encontro da saudade.
Falei, gritei com a saudade, sem voz, pois mudo eu sou!
Ô saudade, por que ainda me acompanhas?
O que tenho para oferecer-te?
O tempo não para! Só a saudade é que faz as coisas pararem no tempo...
Quando se ouve boa música fica-se com saudade de algo que nunca se teve e nunca se terá.
De você eu tenho saudade, de mim, eu tenho esperança!

(Aílton Pimentel)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Supra – Sumo

Você é o bem, você é o mal
Eu sou e estou “além do bem e do mal”.
Sob sua ponte, não atravessarei o rio,
Flutuarei...
Não li o que estava escrito em sua camiseta,
Não vi quando levantaste sua bandeira,
Não tente despertar minha atenção.
Para seu veneno, tenho antídotos,
Para seu ódio tenho meu sorriso e meu progresso.
Seu hino é mudo, não ecoa nas minhas Montanhas Rochosas.
Entre nós dois, existem inúmeros pontos infinitos,
Jamais voltaremos a nos encontrar...
Liberdade é meu sobre-nome,
Vitória é meu escudo e minha arma.
Eu sou o ponto mais alto,
O requinte, o supra- sumo...
“Per ardua surgo” *
(*vencer apesar das dificuldades)

(Aílton Pimentel)

sábado, 7 de agosto de 2010

O MEDO

O medo de ficar só é o medo de ter medo
O medo de olhar no espelho e encontrar consigo mesmo
Tudo é permitido quando se quer amar
O desejo do retorno é a ânsia de quem quer voltar
Tudo é conspiração e transição geográfica
Do lugar onde você se esconde com o medo a te acompanhar.

O medo de sorrir pra quem quer chorar
O medo de se perder e não se encontrar
O medo de agir é pior que o medo de errar
Assumir sem rancor e seu mundo desabar
Ou seu castelo construir e eternamente descansar.

Tenho medo de você, você tem medo de mim
Você quer me convencer, eu tento te induzir
A fórmula secreta do amor
Pra você se acostumar, que o medo é uma fase da dor
Vamos nos rebelar.
Se perder nas entrelinhas e nos trilhos se encontrar.


(Aílton Pimentel)