segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mais um dia...

De olhos fechados diante do espelho
Vejo que o tempo não parou...
Ele continua a mover-se pelas campinas molhadas.
A névoa cinzenta da manhã seguinte,
Pálida e morta,
grita por socorro!
Onde estava eu?
Com quem estava eu?
Não me vi diante do espelho...
Por que as manhãs são assim?
Mortas, silenciosas, frias...
Meu corpo treme de desejos,
Desejos insanos de um tempo passado
Voltaremos a nos encontrar?
Por onde anda as belas manhãs de verão?
O tempo, com seu relógio quebrado,
Disfarçadamente, jogara-as nas águas escuras
Do meu pensamento.

Aílton Pimentel 

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